Publicado originalmente no site 93 Notícias, em 11 de novembro de 2017.
Hábito de ouvir rádio continua vivo e abrange todas as
idades no país
Quem pensa que ouvir rádio é coisa do passado e de pessoas
mais velhas pode estar enganado. O rádio se mantém como um dos melhores meios
de comunicação, pois consegue interagir com o contexto sóciopolítico-econômico
do país e ainda acompanha o desenvolvimento contemporâneo. Essa afirmação faz
parte do estudo Rádio na nova convergência de mídia, que foi realizado pela
Aura Bahia em parceria com a Youpper.
Dos jovens entre 10 e 14 anos, 49% ouvem rádio. Na faixa
etária de 15 a 19 anos, 59% também têm esse hábito. A porcentagem sobe para 61%
entre 20 e 29 anos; 64%, entre 30 e 39 anos; 65%, entre 40 e 49 anos; 65%,
entre 50 e 64 anos; e 56%, com mais de 65 anos.
Isso comprova que os mais novos continuam com os mesmos
hábitos dos mais velhos, mas fazendo isso de formas diferentes, explica Diego
Oliveira, CEO da Youpper. “A comunicação vem sendo consumida independentemente
da plataforma. Precisamos entender quais os meios relevantes e, nos pontos de
contato, o rádio continua sendo um meio forte em qualquer gênero, classe e
idade. É equivocado pensar que só porque os jovens nasceram digitais que eles
não consomem os meios offline. É claro que o streaming é forte para ouvir
música, mas eles buscam notícias, entretenimento e personalidades que estão
rádio”.
A população vem consumindo o rádio a partir do momento em
que o smartphone está com 90% da população, ressalta o executivo. Quem mais
ouve rádio são as mulheres, com 63%; e os homens representam 59%. Em 13 das
metrópoles brasileiras, que somam 52 milhões de habitantes, o rádio alcança 89%
da população.
Belo Horizonte é a cidade que mais usa rádio para obter
notícias, com 96% de adeptos. Oliveira acredita que seja uma característica dos
mineiros ter enraizada a cultura de busca por informações e se preocupar com os
acontecimentos do Brasil. Em segundo lugar, Fortaleza, em que 92% da população
ouve rádio para se informar.
A penetração do rádio na vida das pessoas é mais forte na
Região Sudeste do país, seguida pelo Nordeste, que desponta com forte
crescimento e ultrapassou a Região Sul. Por apresentar desenvolvimento, a
pesquisa analisou o público dessa região com alguns recortes. O turismo se
destaca como um assunto forte entre o público do interior do Nordeste, por
exemplo. No último ano, 70% dos entrevistados já viajaram pelo Brasil e possuem
interesse em fazê-lo novamente.
“Observamos que as rádios do Nordeste e do Sul promovem
eventos para aproximar os ouvintes das emissoras. Esse comportamento e essas
oportunidades são para que as pessoas se sintam mais motivadas”, diz.
Os brasileiros têm motivos diferentes para ouvir rádio,
sendo eles: passar o tempo livre (33%), escutar programas específicos (32%),
lazer (31%), saber sobre notícias (25%), sentir-se acompanhado (23%), estar
antenado no que acontece (22%) e obter cultura em geral (12%), dentro outros.
O celular é o local mais usado pelos consumidores para ouvir
rádio quando eles estão fora de casa. No entanto, é em casa (74,5%) onde mais
escutam, seguido pelo carro (67,5%), dentro do transporte público (30,5%) e na
rua (29%).
“As pessoas decidem qual o seu horário nobre e, a partir
disso, ouvem o que gostam e recuperam o conteúdo em momentos oportunos. Isso
funciona não só na TV, mas também com os programas de rádio e os podcasts”,
afirma Oliveira.
A Youpper também pesquisou quais os meios de comunicação
mais usados pelos ouvintes. O WhatsApp (94%) lidera o ranking, seguido por Site
de Notícias (90%), Redes Sociais (90%) e TV Aberta (80%).
A forma como os entrevistados se mantêm informados traz os
Sites de Notícias com 83%, seguido por Rádio e TV empatados, com 61%. “É
preciso que os profissionais tenham esse olhar macro e micro para entender as
particularidades regionais e quais são as oportunidades”, conclui Oliveira.
Por: Pesquisa da Youpper com a agência Aura Bahia
Texto e imagem reproduzidos do site: 93noticias.com.br
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